segunda-feira, 12 de abril de 2010
Casa Grande e Senzala: Quem ganha mais, chora menos
Em Casa-grande & Senzala, clássico livro de Gilberto Freyre, a natureza na nova terra é descrita como um obstáculo à civilização, enfrentado pelo colonizador português em busca de enriqecimento e prestígio. As famílias que se assentaram no Brasil fundaram espaços públicos e consolidaram seu poder, criando redes de relação e influência, o Estado aparece como coadjuvante por trás destas famílias , que se denominavam a "nobreza da terra".
Na Câmara de vereadores de Toledo, a Casa Grande, enriquece rápido mas, tem neste momento seu poder questionado, e deu prestígio, indo pelo ralo.
A relação estabelecida entre "colegas de trabalho", demonstra neste espaço democrático de poder, o quão retrógrados e coloniais dão os "Senhores de escravo" . Senhores que se utilizam do espaço público, do dinheiro público, do cargo público, para estabelecer formas de manutenção de uma ideologia anti-democrática, de direita, opressora e, porque não, escravocrata.
Os da Casa Grande, podem a qualquer momento, sair de seus postos de trabalho, para fazerem cursos, treinamentos, ou, até mesmo uma simples visitinha à Casa Grande do executivo. Enquanto aos da senzala, não é possibilitado nem ao menos a participação nops eventos do próprio legislativo, para estes, os da senzala, acesso à informação é boicotado, escravo bem informado pode se rebelar.
É inadmissível que em, mais de cem anos de abolição da escravidão, presenciamos, formas tão sutis de opressão e escravidão ideológica no Lesgislativo de Toledo. Mais inadmissível quando falamos de relações estabelecidas entre, teoricamente, iguais.
E, que venham as chibatadas, só assim ficará claro, quem é da Casa Grande e quem é da Senzala e, ainda mais claro, quem defende a igualdade e, quais cumprem seu papel na tão valiosa e defendida democracia.
1 comentários:
Muito bem,nobre vereador.
O texto contém verdades que se aplicam tanto para a Câmara quanto para a EMDUR,única empresa pública do município.
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